"A Mulher!
Que poema de amor encerra esta palavra!
A mulher é o arcano consolador que faz renascer na nossa alma as esperanças que nos abandonam nos momentos de desalento e nos minoram as amarguras da vida.
A mulher é um livro primoroso em cujas páginas se lêem palavras: Carinho, Dedicação, Desvelo: carinho como Filha, dedicação como Esposa e desvelo, como Mãe!
Olhai! Vêde-a sentada junto do berço do Filho, velando-lhe o sono infantil e prodigalizando-lhe mil carícias, tão divinas, tão celestes, inspiradas pelo seu amor, carícias, enfim, como só pode prodigaliza-las uma Mãe!
Vêde-a, esquecida de tudo para só pensar no Marido a quem adora e nos tenros filhinhos que idolatra, que não são toda sua ventura!
Se os seus filhos correm algum perigo, ei-la que se coloca, como muralha invencível entre eles e os seus inimigos.
A Mulher sabe morrer cumprindo o seu dever, mas não sabe viver falando a ele.
Como é grande, como é sublime a missão da Mulher no seio da Familia e no seio da Sociedade!
Glória, pois, a ti mulher! Ergue a tua fonte que a Sociedade hodierna, mesquinha e egoista, te tem obrigado a baixar!" (in: O Operário, Porto 1879:Ano 1, nº 11)
Mulher este que em tempos remotos era oprimida que vivia para o seu marido e os seus filhos, a quem nunca ninguém reconheceu o seu valor conseguiu fazer com que lhe fosse reconhecido os seus direitos como mulher, mãe e esposa...

Sem comentários:
Enviar um comentário